VIDIGUEIRA O BRANCO DO ALENTEJO!
Todos os portugueses e muitas outras pessoas fora de Portugal afirmam de uma forma entusiástica que os vinhos do Alentejo são sempre bons. Que os vinhos do Alentejo têm um certificado de qualidade que à partida lhes garante um nível de aceitação como nenhuns outros vinhos portugueses conseguem.
Podemos pois afirmar que os vinhos alentejanos conquistaram o mundo e continuam dia após dia a agradar quem os prova e degusta. Dizem os enófilos que os nossos vinhos brancos são redondos, suaves, aromáticos e bebem-se sem esforço. Esses mesmos especialistas dizem que os nossos tintos são encorpados, com notas de frutos silvestres, e com muitos taninos.
Tudo razões que acabam por explicar a verdadeira explosão que teve o consumo dos vinhos alentejanos em Portugal e no mundo, nos últimos 30 anos.
É importante que se diga, que na área de influência da nossa Adega (os Concelhos de Vidigueira, Cuba e Alvito) os vinhos brancos sempre se distinguiram de todos os outros produzidos no Alentejo, pelas suas características intrínsecas: elevada mineralidade, fortes aromas a frutos tropicais, e pela sua acidez equilibrada.
A história romana
A nossa região deve, naturalmente, aos romanos o inico da aventura vínica que hoje continuamos com orgulho. Foram eles que nos deixaram
os métodos, ferramentas, processos de fermentação e de armazenagem
dos vinhos.
Quando nas nossas terras os romanos foram substituídos pelos muçulmanos, o consumo de vinho decaiu, e só viria a retomar a importância que tem, após a cristianização da nossa região, corria o séc. XIII. Daí que as Ruinas Romanas de S. Cucufate (no Concelho de Vidigueira) sejam a ponte perfeita para perceber a cultura do vinho do inicio do séc. I até aos nossos dias, passando pela cristianização desse monumento nacional.
Razões da qualidade
O elevado número de dias de sol, as amplitudes das temperaturas tipicamente mediterrânicas, os níveis de pluviosidade a par de características morfológicas dos terrenos, fazem do Alentejo em geral, e da nossa região em particular, uma das melhores para o cultivo da vinha.
As maturações decorrem de uma forma harmónica, num terroir que Garante o êxito das castas aqui plantadas, com natural destaque para a branca Antão Vaz. Essa uva recebeu o nome deste familiar de Dom Vasco da Gama, que aqui a fez vingar e disseminou.
Mas hoje em dia os vinhos fazem-se, em primeiro lugar, com boas uvas, e depois, com bons processos de fabrico. Por isso a modernização dos métodos e tecnologias utilizadas na nossa Adega, deram origem ao aparecimento de extraordinários vinhos, que se encarregam de ganhar prémios e medalhas nos concursos vínicos onde marcam presença.
Castas
Se a Vidigueira é conhecida pela terra dos «Brancos do Alentejo», isso deve-se essencialmente à casta Antão Vaz, que nesta zona encontrou condições para demonstrar uma exuberância e características únicas. Mas os brancos da Vidigueira, não se ficam, nem são reféns da Antão Vaz. Entre as castas mais utilizadas encontramos a Síria, o Arinto, o Manteúdo o Rabo de Ovelha, a par de outras com menos expressão de que são exemplo o Perrum, o Larião, ou mesmo o Verdelho.
Reconhecimento
É preciso andar mesmo muitos anos para trás, para se encontrarem os registos do primeiro troféu que os vinhos da Vidigueira conquistaram no estrangeiro. Corria o ano de 1888 (já la vão mais de 130 anos!), que um
vinho branco da Vidigueira conquistou a Grande Medalha de Honra na Exposição de Berlim.
Era da Quinta das Relíquias esse branco que começou uma história de êxitos e prémios que chegam aos dias de hoje. Mais de um século depois desse feito, os vinhos da ACVCA continuam essa saga. Os brancos da nossa Adega, que têm ido aos muitos concursos nacionais e internacionais, regressam invariavelmente com prémios e medalhas de ouro e prata, no que é o reconhecimento nacional e internacional da qualidade superior dos nossos produtos.
Uma palavra para dois vinhos brancos únicos no mundo, e que apenas são disponibilizado pela nossa Adega. Começamos pelo Perrum, uma casta branca que em Portugal apenas é plantada na sub-região de Vidigueira, e que é fundamental no equilíbrio da acidez de muitos dos nossos vinhos. Quando elaborámos um monocasta Perrum, surpreendemos os críticos pela originalidade da nossa iniciativa e depois pelas características especiais que esse vinho apresenta.
O outro é a mais recente aposta da Adega, que também a partir da casta Antão Vaz, resolveu fazer um vinho generoso branco, que vai daqui em diante recolher as apreciações da crítica.
Mas não são apenas os vinhos tranquilos a ganhar prémios. Na sequência da grande aceitação que têm tido os espumantes em todo o mundo, também a ACVCA se lançou com inegável êxito no fabrico deste tipo de vinho. A nossa última experiência, de fazer um espumante exclusivamente com a casta Antão Vaz, fez com que este vinho regressasse com uma medalha de prata, logo no primeiro concurso onde esteve presente.
Vidigueira – O Branco do Alentejo!
É uma frase feita, mas encerra um conhecimento, uma realidade, e uma assunção. Todos estão de acordo que os nossos brancos são inigualáveis, pelo seu perfume, pelas suas características e pelo seu bouquet. Os Brancos da Vidigueira, são de cor palha, citrina, frutados, ligeiramente acídulos, e com algum corpo. Vinhos brancos adequados a todas as ocasiões.
Os dias estão maiores, e os primeiros calores já se fazem sentir. Em todos os momentos em que a confraternização tenha lugar, há propostas da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito. Afinal é aqui que se faz «O BRANCO DO ALENTEJO!».