Adega lança o seu primeiro Vinho de Talha
Vila Alva – Vinhas Centenárias foi estrela em clima de grande festa
Uma vez mais a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, inovou ao dedicar-se à produção de um vinho branco de Talha, o VILA ALVA – VINHAS CENTENÁRIAS feito exclusivamente a partir de uvas provenientes de Vinhas com mais de 100 anos, através do processo de vinificação utilizado pelos romanos, muito popular nesta região do Alentejo.
O Centro Cultural de Vila Alva, local escolhido, foi demasiado pequeno para receber as muitas centenas de pessoas que aí se deslocaram para assistir ao lançamento do VILA ALVA – VINHAS CENTENÁRIAS, numa prova de que a cultura, as tradições e o vinho de talha andam há muito de mãos dadas.
A cerimónia teve a presença dos presidentes da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), engº Francisco Mateus, do presidente da Câmara Municipal de Cuba, dr. João Português, do presidente da Junta de Freguesia de Vila Alva, sr. José Pacheco, e naturalmente do Conselho de Administração da Adega, representado pelo engº José Miguel de Almeida, acompanhado pelo Presidente da Ass. Geral da ACVCA, enfº José Arvanas.
Na ocasião o presidente da ACVCA, engº José Miguel Almeida afirmou: «É na freguesia de Vila Alva no Concelho de Cuba que se encontram as vinhas mais antigas desta zona do país, muitas delas plantadas em datas anteriores a 1930. Vinhas muito antigas com produções reduzidas, mas cujos cachos têm uma refinada qualidade, que deram origem a um vinho de um nível único em Portugal.»
Num mesmo registo se ouviram palavras do eng Francisco Mateus ao enaltecer o esforço da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito na preservação destas vinhas, e no trabalho de acompanhamento dos agricultores seus proprietários: «São vinhas muito velhas que alguns desejam arrancar, e é muito meritório o trabalho desenvolvido pela Adega, para que isso não aconteça, pois é um património único que todos, incluindo também a CVRA, queremos preservar».
O Presidente da Câmara Municipal de Cuba, dr. João Português, afirmou que «Vila Alva pode hoje dizer que tem um vinho que a caracteriza, que a identifica e que há muito era esperado. O lançamento do VILA ALVA – VINHAS CENTENÁRIAS, pela Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, surge-nos como uma verdadeira homenagem à sabedoria de todos aqueles que durante gerações souberam passar a tradição e o conhecimento na produção de vinho de talha.»
José Pacheco, Presidente da Junta de Freguesia de Vila Alva, realçou este lançamento dizendo: «É com enorme satisfação que os agricultores de Vila Alva encararam a criação deste vinho. Vila Alva tem uma tradição muito vincada na produção de vinho de talha, que merece e deve ser preservada. Este é um momento de muito orgulho para a freguesia e para todos os vilalvenses».
Durante a cerimónia o enfº José Arvanas, Presidente da Ass. Geral da ACVCA, afirmou que «Esta iniciativa da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, tem como objetivo conservar o património vitícola desta região. É um património que tem vindo a extinguir, e por termos ainda associados com vinhas com estas características, queremos preservá-las, para que se mantenham por muitos e bons anos.»
O engº Luis Morgado Leão, enólogo da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito diz que «o Vila Alva foi feito a partir de uvas de vinhas centenárias, que produzem cachos mais concentrados, complexos em aromas e sabores. É por isso que o Vila Alva é um vinho único, intenso e cheio de personalidade. Produzimos nas nossas talhas um vinho totalmente diferente daqueles que a Adega produz regularmente.»
Em paralelo ao lançamento, a Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito esteve também envolvida no Festival Terras Sem Sombra, cujo primeiro concerto de 2018 teve lugar na Igreja de S. Cucufate em Vila de Frades.
«Como patrocinadores do Festival, assumimos que as manifestações culturais no nosso Concelho ajudam a dar visibilidade e expressão ao trabalho desenvolvido pela Adega, que assim pode levar a excelência dos seus vinhos neste caso à Hungria, país convidado na edição deste ano do Festival», como referiu a drª Daniela de Almeida, diretora de Marketing e Comunicação da ACVCA.
Um dos pontos altos deste evento acabou por ser uma visita temática efetuada às vinhas centenárias, onde no meio do grande entusiasmo e participação dos presentes, entre os quais se encontrava a embaixadora da Hungria, o engº José Miguel Almeida explicou com bastante detalhe, as grandes diferenças entre as vinhas atuais e as que deram origem ao vinho VILA ALVA – VINHAS CENTENÁRIAS, realçando a excelência e riqueza das castas que estiveram na origem do vinho.
O Convento das Relíquias onde Dom Vasco da Gama foi sepultado, foi também objeto de visita detalhada, conduzida pelos proprietários e pelo prof. José António Falcão, organizador do Festival Terras Sem Sombra.
Sobre a Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito
A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito foi fundada em 1960 e iniciou a sua atividade em 1963, mas a sua cronologia vai muito para além dos seus 58 anos de existência.
As suas raízes entrelaçam-se com a história da própria vila, e com Vasco da Gama – o Conde de Vidigueira, a quem D. Jaime, Duque de Bragança cedeu a vila em 1519. Assim surgiram as primeiras ligações da Vidigueira com a família dos Gama.
Mais de meio século depois de ser fundada, a Adega pretende cumprir a promessa de descoberta e afirmação da região da Vidigueira tão vincada pela cultura do vinho, numa viagem que aproxima a Adega e a sua vila a Vasco da Gama e a conquistas de outros tempos.
Como homenagem a Dom Vasco da Gama, os vinhos da Adega de Vidigueira contam uma história dividida em sete atos, e mais alguns, que nos prometem fazer a viagem para novos territórios sensoriais.